Sexo é um assunto cheio de tabus na cultura ocidental. Falar em sexualidade na terceira idade, então, é falar de tabus e preconceitos que nada fazem além de dificultar o prazer em uma idade em que a satisfação sexual é perfeitamente possível.
Neste post, vamos tratar de explicar o que realmente muda na terceira idade quando o assunto é sexo, e o que as mulheres podem fazer para não precisarem abrir mão da sua satisfação e do seu prazer sexual. Acompanhe:
Fator biológico: queda hormonal
Com o passar do tempo, principalmente a partir dos 50 anos, os hormônios femininos e masculinos sofrem uma redução gradual na produção. Para as mulheres, a situação pode ser ainda mais difícil, com casos de menopausa precoce, em que a queda hormonal começa até aos 40 anos.
Como consequência, a libido se reduz significativamente. Quando a pessoa não faz tratamentos de reposição hormonal, a tendência é que a libido continue baixa, contribuindo para a falta de interesse sexual. Novamente, para mulheres a situação se complica mais, pois a baixa de estrogênio afeta a lubrificação vaginal, tornando o sexo muitas vezes doloroso e desconfortável.
Assim, a ideia de que não existe sexualidade ativa na terceira idade se fortalece cada vez mais.
O peso social do envelhecimento
Além dos fatores biológicos, o envelhecimento provoca impeditivos sociais na busca por uma vida sexual saudável na terceira idade. Culturalmente, envelhecer é sinônimo de perder qualquer indicativo sexual, como o vigor físico, a beleza, a sensualidade e a energia.
Entretanto, na realidade esses aspectos não são tão decisivos assim. Muitas pessoas chegam aos 50 anos com mais vigor do que tinham aos 30, ainda mais se vivem uma vida saudável e regrada. Por isso, o peso social do envelhecimento é o fator que mais pesa na sustentação dos tabus da sexualidade na terceira idade.
A associação da imagem da mulher com uma figura idosa, frágil e cansada contribui para mistificar o sexo no imaginário feminino. Em conjunto, a união do sexo a uma ideia de pecado e vergonha prejudica ainda mais esse cenário.
Para os homens, a situação é um pouco diferente, especialmente porque a impotência sexual costuma acometer mais homens de idade bem avançada, acima dos 65 anos. Entretanto, para um casal em que ambos estão na terceira idade, toda a construção social em torno disso afeta a vida sexual, e, por consequência, até mesmo a vida afetiva.
Sexualidade na terceira idade: a redescoberta do prazer
Não existem tratamentos para devolver o vigor dos 20 anos de idade, mas a questão não é essa. Os tempos não voltam, e por isso é importante olhar para frente, procurando maneiras de otimizar e melhorar a performance em todos os aspectos, não só o sexual.
Além de cuidar do bem-estar físico, investindo em um estilo de vida saudável e tratamentos de reposição hormonal quando for o caso, a saúde emocional também é decisiva para viver uma vida sexual proveitosa na melhor idade. Estar de bem com o seu corpo, a sua idade e a sua realidade é fundamental para estimular o desejo sexual e manter-se interessada e disposta.
Ainda, alternativas como o uso de lubrificantes podem tornar o ato sexual muito mais confortável para a mulher, suprindo a redução da lubrificação natural. É importante lembrar que o uso do preservativo, feminino ou masculino, não deixa de ser necessário apenas porque o risco de gravidez já não existe mais.
Por fim, fazer um acompanhamento próximo com um ginecologista de confiança pode ajudar a quebrar esses e outros tabus culturais para as mulheres, garantindo que todas possam aproveitar a melhor idade da forma como desejam. Compartilhe este artigo nas redes sociais!